Com a chegada do Dia Mundial do Rock (hoje, 13/07) me flagrei pensando em como seria minha vida se eu não tivesse conhecido e me apaixonado pelo rock'n'roll. Pode parecer meio exagerado, mas seria bem diferente. Possivelmente bem pior.
Como quem me conhece bem sabe, sou de me jogar de cabeça no que eu gosto (se for uma garrafa de vodka então...) e com o rock n ão foi nem um pouco diferente. Mais do que um estilo musical, o rock, pra mim, é uma filosofia de vida. Existem aquelas músicas que, quando interpretadas, representam muito do que você está sentindo e vivendo naquele momento. Tá, isso existe em todos os estilos musicais, beleza. Mas não com a intensidade e profundidade como existe no rock.
Pode parecer pretensão da minha parte (e às vezes é mesmo, confesso...), mas um roqueiro de verdade, aquele que realmente sente o rock correndo nas veias, é um cara que não se contenta com pouco. Vamos colocar da seguinte forma (sem menosprezar ou ridicularizar os outros estilos): O rock nos leva a lugares nunca antes imaginados (pelas escadarias ao paraíso às estradas para o inferno...).O rock nos faz aprimorar nossos conhecimentos em muita coisa, seja aquele garoto que sonha em tocar guitarra como Jimi Hendrix ou simplesmente a menina do interior que não teria como estudar inglês, mas que resolve estudar por conta própria a partir das músicas da Janis Joplin. Além disso, a influência da literatura e da história sobre as letras é tamanha, que podemos dar aulas de História apenas utilizando músicas (Iron Maiden é um grande exemplo - talvez pelo fato de o Bruce Dickinson ser historiador...) ou viajar pelas diversas mitologias e livros fantásticos (algumas bandas alemãs de metal são experts nisso...).
Mas voltando ao assunto inicial: minha vida sem o rock'n'roll. Resumindo, seria bem diferente. Meus amigos seriam outros, os lugares que eu frequento seriam outros, meus hábitos seriam outros e, provavelmente, eu seria bem menos feliz do que eu sou. Porque são poucas coisas que me trazem tanta felicidade do que chegar em casa e ouvir um rockzinho antigo... ou os acordes iniciais de "Ten Years Gone" (que é tão tristinha, mas tão linda).
Pra quem, aos 4 anos, dormia ouvindo rock'n'roll, deixar estes velhos hábitos é meio complicado mesmo... mas enfim. Hoje, muito mais do que o som que eu curto, fiz do rock meu objeto de estudo. Não, eu não toco porra nenhuma. Canto mal e porcamente. Não tenho nem nunca tive uma banda (embora esse fosse meu sonho de adolescência). Mas a História me proporcionou essa intimidade com o Rock'n'roll. Foi analisando processos históricos relacionados ao rock e a revolução social que o teve como trilha sonora lá nos idos dos anos 1960 que me apaixonei ainda mais por este jovem senhor que hoje completa 58 anos. Foi essa duplinha rock/história que me trouxe pra mais perto da música e me fez compreender como a música pode se tornar uma ideologia tão forte e também tão combatida ainda hoje. Mas o que me deixa mais feliz é saber que nesses quase 60 anos, muitas foram as vezes que anunciaram sua morte, muitas vezes já tentaram enterrá-lo, mas ele continua firme e forte, desde que orbitou pela primeira vez os quadris de Elvis Presley, desde que escorregou pelas pontas dos dedos ágeis e velozes de Jimi Hendrix, desde foi espancado pelas baquetas de John Bonham. Foram muitos os deuses e deusas, reis e rainhas, herois e heroínas, alguns se perderam pelo caminho, outros serão lembrados por mais muitos e muitos anos.
Mas se há uma coisa que se pode dizer sobre o Rock é que muitos estilos surgiram, muitos outros ainda surgirão. Mas ele permanecerá!
Feliz dia do Rock a todos!
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